domingo, 23 de novembro de 2008

Inocência


Na boca, o beijo,
a sede, a ardência.

Nas costas,
a aspereza da parede,
o percurso das mãos,
o desejo.

Pelos braços
soltam e deslizam as alças.
Pelas pernas,
rabiscam desenhos.

Entre os dedos,
a nossa vontade expressa.

Nosso corpo arde.
Explode sem segredo
sem medo.
Os pecados fazem a festa,
porque hoje,
a inocência foi dormir.

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